Oportunidades da Transformação Digital: o que esperar das tendências tecnológicas no ano de 2021?

A transformação digital está abrindo caminho para diversas oportunidades de negócios, e o m-commerce é um dos grandes destaques. Saiba mais.

A transformação digital vem mudando os hábitos de consumo do brasileiro. Durante o primeiro mês de isolamento social, devido ao novo coronavírus em 2020, as compras feitas por meio dos aplicativos cresceram 30% no Brasil. E surfando na onda dessa nova era digital, o comércio eletrônico é a parte em maior destaque nesse novo tipo de economia, a Low Touch, ou de pouco contato, que ganhou mais urgência durante a pandemia e mostra claramente a mudança de hábitos do consumidor.

Logo no início deste ano, diversas medidas foram adotadas por estados e municípios, como o fechamento de escolas, comércios, shoppings, e funcionários foram orientados a trabalharem de casa. Autoridades públicas locais decretaram quarentena ou o lockdown (fechamento total) e, nesse momento, a tecnologia virou uma forte e importante aliada.

Mesmo alarmante e preocupante, foi na crise que varejistas e prestadores de serviços encontraram uma oportunidade de se ajustar para atender também a demanda do comércio eletrônico. A startup Eu Entrego, que conecta entregadores autônomos a empresas, registrou um aumento quase cinco vezes maior em pedidos de supermercados e mercearias. A tendência é que outros segmentos do varejo, pouco comuns de serem encontrados nos apps de entrega, como lojas de roupas, sapatos, e aparelhos eletrônicos, invistam no modelo online de forma mais ativa.

Os números apontam oportunidades para o setor e supõem um crescimento de até 70% no e-commerce, mesmo com a expectativa de uma gradual reabertura do varejo físico em 2021, segundo dados da pesquisa realizada em junho de 2020 pela Social Miner e Opinion Box. Nesse sentido, a transformação digital confirma essa expectativa com a chegada do 5G – a mais recente inovação! Essa mudança no comportamento dos consumidores, acompanhada das inovações tecnológicas, tem feito as empresas adaptarem sua estratégia e seus modelos de negócios.

Transformação digital e o mercado online: novas tendências, o consumidor e a forma de consumir

O varejo online vive seu melhor momento e está inserido de fato no meio de uma grande transição. Esse novo normal provocou uma mudança de atitude em relação às atividades que antes eram rotineiras, feitas sem grandes preocupações, como escolher roupas em uma loja, fazer as compras de mês no supermercado, ir a um bar ou a um restaurante. A verdade é que um novo estilo de vida, centrado na casa, na saúde, na precaução e “distanciamento” deve se consolidar em 2021 e o varejo online e o m-commerce (e-commerce a partir de um dispositivo móvel, como smartphones e tablets) serão peças-chaves nesse novo cenário.

Aplicativos como iFood, Rappi e Zé Deliver, influenciam sim a cadeia de consumo. Um estudo feito pela Juniper Research mostra claramente a migração das compras para o ambiente digital, com os pagamentos por celular, variando de US$ 2,1 trilhões, em 2020, para US$ 3,1 trilhões, em 2025. Isso mostra o significativo aumento das carteiras digitais durante a pandemia, acelerando a transição do offline para online.

Mobile commerce: apps que se reinventaram em meio a pandemia

A chegada do novo coronavírus parou o mundo e fez com que as empresas, negócios, serviços e plataformas precisassem se reinventar. Expandir o negócio para mais plataformas digitais parecia ser o caminho para a sobrevivência em meio à crise. Mais do que nunca foi necessária a busca da mudança do ambiente “analógico" para o "digital" de quem ainda não tinha nenhuma presença nesse segmento, como também o exercício contínuo da inovação, buscando até o disruptivo em um momento de pura sobrevivência.

Como exemplos, citamos empresas com negócios voltados para a educação presencial, que precisaram adequar seu conteúdo, criando meios de disponibilizá-lo através de plataformas acessíveis, como smartphones, mudando o canal de entrega e capacitando seus consumidores não mais na sala de aula, mas nas salas de suas casas. A plataforma Citysocializer, especializada na organização e divulgação de eventos presenciais como festas e com a proibição desses, pivotou seu negócio para eventos on-line. Pesquisas constataram que a busca por profissionais para realização de pequenos serviços domiciliares cresceu nos últimos meses, abrindo espaço também para que plataformas especializadas aumentassem a captação desses trabalhadores, e por consequência, sua receita.

Com o foco na digitalização do varejo, empresas como a Magalu, incentivaram ainda mais seus programas de afiliados, permitindo assim que empresas antes com presença exclusivamente física, pudessem usar plataformas para venda de seus produtos.

Como pode ver, aqueles que já estavam presentes no online, viram grandes oportunidadespara potencializar suas vendas nesse novo momento. A empresa varejista de móveis e decoração, Tok&Stok, desenvolveu um aplicativo para a marca através do TK Solution, seu laboratório de tecnologia, em conjunto com a Kobe.

Disponível para Android e iOS, a plataforma é uma loja virtual com todo o portfólio de móveis e acessórios da marca, oferecendo acompanhamento do pedido, aprovação de pagamento, prazos de entrega, além de atendimento pós-compra, chat online, cancelamentos e reembolsos, funcionalidades que agregam para o consumidor.

Estar presente nos mais diversos canais é fundamental se você pretende atingir um número maior de pessoas e aumentar resultados. Nesse sentido, o conceito de omnichannel tem sido cada vez mais propagado e estudado por pessoas e empresas que querem aplicar isso em suas estratégias de marketing. Atualmente, quando falamos em aplicativo, é muito importante oferecer funcionalidades que atendam aos clientes de forma mais completa, afinal, eles buscam receber o mesmo atendimento de uma loja física. Em muitos casos, até melhor. É válido alinhar esses canais, dividindo os acessos entre o e-commerce desktop e o aplicativo de vendas.

Mas é apenas sobre tecnologia que estamos falando?

A tecnologia é importante, pois nos dá a chance e oportunidade de mudar, de transformar. Gerar experiências únicas e inovadoras deixou de ser uma questão de qual o canal e de qual forma vamos escolher para comunicar isso. E a transformação digital está diretamente relacionada à melhor forma de oferecer isso, usando a tecnologia, mas não mais como protagonista. É importante perceber que essa mudança só está acontecendo por conta de outro elemento neste novo cenário: o ser humano.

Estamos falando da oportunidade de um mercado que vive uma fase crescente, na contramão de um momento em que não sabemos o que pode acontecer amanhã. É a chance de fazer diferente do que foi oferecido até agora. É preciso idealizar coisas, testar, errar, tentar novamente até acertar os ponteiros.

É importante lembrar que estar conectado ao seus consumidores, oferecendo o que há de mais moderno e pioneiro que existe, tem que ser uma longa, prazerosa e instrutiva caminhada. E o êxito final da caminhada é desenvolver uma ferramenta que torne a jornada do usuário mais funcional e com um relacionamento com a marca cada vez mais assertivo.

O consumo de tecnologia não vai voltar à estaca anterior à pandemia. As pessoas estão testando, descobrindo coisas novas e, consequentemente, migrando. Dinâmicas que não agregam nada de diferente são cartas fora do baralho, não vão mais acontecer. E no final disso tudo fica a reflexão: o mercado está mudando, o consumidor está mudando, o mundo está mudando... e você?

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